Pode Falar: Três anos de escuta especializada de adolescentes e jovens entre 13 e 24 anos

O “Pode Falar”, uma iniciativa apoiada pela UNICEF, continua a ser um canal vital de ajuda em saúde mental e bem-estar para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. Completando no mês passado (6/4) três anos de existência, o canal continua a funcionar de forma anônima e gratuita, oferecendo um espaço seguro para os jovens expressarem suas preocupações e receberem apoio às suas necessidades emocionais.
O canal foi criado em resposta à necessidade crescente de apoio em saúde mental durante a pandemia, quando o distanciamento social, as perdas significativas e cenários desoladores abalaram todos os seres humanos, principalmente dessa faixa etária. Uma pesquisa realizada pelo UNICEF em 2020 revelou que 72% dos jovens sentiram a necessidade de buscar ajuda para o seu bem-estar físico e mental durante a quarentena. Com o retorno à vida presencial em 2022, as demandas começaram a mudar, com um aumento de situações de vulnerabilidade social impactando negativamente sua saúde mental.
Tecnologia como meio de acesso
O “Pode Falar” usa a tecnologia para criar um espaço de escuta acolhedora, sem julgamento e anônima para esse público, em momentos de crise. O canal possui três sessões:
• “Quero me cuidar”, onde os usuários encontram materiais de autocuidado;
• “Quero me inspirar”, onde podem deixar depoimentos sobre como superaram situações difíceis;
• “Quero falar”, que direciona para o atendimento humano via chat.
O atendimento individual é oferecido por profissionais de diversas instituições, incluindo a Associação pela Saúde Emocional das Crianças (Asec), o Instituto Vita Alere, o Núcleo do Cuidado Humano da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) de Rondônia e o “Programa Abraço Jovem” da Prefeitura Municipal de Camboriú (SC).

Em 2024, o “Pode Falar” continua a ser um recurso valioso, especialmente em tempos de crise. Como exemplo, durante as recentes inundações no Rio Grande do Sul, o canal foi colocado à disposição para oferecer suporte emocional online a adolescentes e jovens afetados pelo estado de calamidade.
A proposta para o futuro é continuar ampliando o trabalho, por meio de parcerias com os serviços públicos já existentes, facilitando o encaminhamento de casos específicos que necessitem apoios de médio e longo prazos. Também estão previstas parcerias com universidades para formação de estudantes e profissionais, com foco em ampliar as equipes de atendimento que colaboram com o canal.
Serviço gratuito: portal https://podefalar.org.br/
Mapa Mental
Além do “Pode Falar”, o “Mapa Mental” (clique aqui) é outra ferramenta recomendada para aqueles que buscam apoio em saúde mental. Este site, uma iniciativa do renomado Instituto Vita Alere, oferece uma variedade de materiais didáticos voltados para a promoção da saúde mental. Reconhecido como referência na prevenção e pós-venção do suicídio, o Instituto Vita Alere se dedica a fornecer informações valiosas sobre direitos, diversidade, redes de apoio e dicas úteis. O “Mapa Mental” também promove a conscientização sobre situações sociais que podem afetar negativamente a saúde mental e destaca a necessidade de transformações positivas nessas áreas.
Atenção: Em muitos dos casos, canais de orientação são complementares e não eliminam a necessidade de tratamento presencial e clínico da forma convencional.
Com informações da UNICEF
AEHDA: Mário Joanoni - MTb 025.546
Fotos: UNICEF e FreePik Brasil
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