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AEHDA anuncia novo instituto dedicado à inclusão e desenvolvimento de pessoas com Superdotação

Estimativas indicam perto de seis mil pessoas em Araras com altas habilidades


Acolher quem precisa de respeito, atenção e calor humano

No Dia Internacional da Superdotação, celebrado mundialmente em 10 de agosto, a AEHDA teve o orgulho de anunciar uma grande novidade para o município: o lançamento do INSTITUTO AEHDA SUPERDOTAÇÃO+, que será dedicado exclusivamente ao acolhimento, desenvolvimento e fortalecimento das melhores práticas em apoio a pessoas superdotadas, proporcionando a elas um ambiente que valorize e potencialize suas altas habilidades.


O novo eixo de atuação vem sendo alvo de pesquisas consistentes pela entidade há quase três anos e conta com o apoio especializado de instituições de referência do país, além de profissionais multifacetados que vêm catalogando as lacunas de atendimento para esse público-alvo, que vão desde a subnotificação, diagnósticos imprecisos, falta de recursos e tecnologias especializados no contexto educacional e baixa implementação de políticas públicas.


Segundo dados da Organização Mundial da Saúde e de estudos especializados na área de psicologia e educação, a quantidade de indivíduos com superdotação estimada é de 2 a 5% da população. O Censo Escolar de 2020 revelou que pouco mais de 24 mil estudantes, cerca de 1% do total, são identificados como pessoas com altas habilidades ou superdotação. O número leva em consideração apenas as pessoas com altas habilidades acadêmicas e não inclui outras capacidades como a artística, esportiva ou de liderança.

O problema aflige muitas famílias no mundo e não é diferente na cidade de Araras. O modelo tradicional de atendimento educacional, social ou psicológico não tem conseguido ajustar-se à demanda, impedindo as possibilidades de crescimento de crianças, jovens e mesmo de adultos, que muitas vezes são erroneamente diagnosticados como estudantes indisciplinados, com déficit de atenção ou autistas, quando na verdade não são contemplados nas suas necessidades de uma oferta condizente de metodologias e ambientes formativos compatíveis.


Para o presidente da AEHDA, Adilson Bonatto, a entidade se sensibiliza com essa causa latente e tem todos os pré-requisitos para atuar neste eixo. “Temos interagido com especialistas da área, conhecido entidades de outros estados, dialogado com voluntários da área da saúde, e queremos trazer inovação e soluções com muito respeito a essas pessoas que acabam ficando à margem de desenvolver todo seu potencial”, comenta.


A AEHDA, que possui décadas de conhecimento acumulado em inclusão social, de parcerias com instituições educacionais e empresas importantes no município, conta com espaços adequados e equipes multidisciplinares para se habilitar a essa nova jornada. “Logicamente, temos ainda um grande caminho a trilhar, mas um grande passo foi dado. A comunidade ararense será informada e convidada a integrar-se na rede das próximas ações desse maravilhoso projeto que vai transformar vidas”, comemora Bonatto.


Projeção de Indivíduos em Araras


Embora ainda não exista um estudo oficial sobre pessoas com superdotação no município, uma projeção feita pela entidade, com base nos dados do último Censo IBGE de 2022, aplicando-se as médias mundiais de 2 a 5% de indivíduos, antecipa uma população de mais de seis mil pessoas de todas as idades e classes sociais que requerem atenção especializada. Metade delas estão na infância, adolescência ou juventude, que são as melhores faixas etárias para uma intervenção bem-sucedida.


10 de Agosto |Dia Internacional da Superdotação


A data foi criada pelo Conselho Mundial das Crianças Superdotadas e Talentosas em 2011, durante um encontro realizado em Praga, na República Tcheca, com o objetivo de apoiar e dar visibilidade às ações voltadas para estudantes superdotados em todo o mundo.

No Brasil, essa área vem crescendo, com um aumento constante no número de pesquisas, publicações e pessoas envolvidas. Em 2003, quando o Conselho Brasileiro de Superdotação - ConbraSD, uma das mais antigas entidades de atenção a pessoas superdotadas no Brasil, iniciou suas atividades, havia 1.675 estudantes cadastrados no Censo Escolar. Atualmente, são pouco mais de 24.000 estudantes cadastrados como tendo altas habilidades/superdotação, representando apenas 0,05% do total de estudantes da Educação Básica. Esse número ainda está longe do ideal, indicando que há muito trabalho a ser feito.

Por esse motivo, é necessário a criação de iniciativas como da AEHDA e o fortalecimentos das redes de conexão nos municípios, estimulando iniciativas voltadas para a disseminação de conhecimento científico e a busca de soluções para os desafios existentes.


Eixos de Atuação da AEHDA


No primeiro semestre deste ano, a AEHDA lançou o Instituto AEHDA TEA+, voltado para a atenção às pessoas com Transtorno do Espectro Autista. O atendimento já está em plena normalidade, evoluindo nas parcerias e colhendo resultados surpreendentes na Unidade da Zona Leste da cidade (Casarão do Horto).

No eixo de Ecologia Social, a AEHDA apoia projetos, forma jovens na função de viveiristas e produz mudas nativas na sede do Centro Ambiental Dr. Sérgio Roberto Ieda, em parceria com o ITESP, na Zona Leste do município.


Na sua sede administrativa e Unidade Cruzeiro, ambas no Bairro Jardim Belvedere, a AEHDA continua a atender adolescentes e seus familiares no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, promovendo cursos totalmente gratuitos aos usuários. Além disso, a entidade qualifica aprendizes profissionais e atua como agente de integração de estagiários para empresas que precisam cumprir suas cotas de ingresso de jovens no mercado de trabalho ou que desejam oferecer oportunidades de profissionalização a estudantes.


Direitos da Criança com Superdotação segundo o ConbraSD


  • Saber sobre seu talento;

  • Aprender algo novo todos os dias;

  • Ser apaixonada por sua área de talento;

  • Ter uma identidade além da sua área de talento;

  • Sentir-se bem com suas realizações;

  • Escolher qual das suas áreas de talento deseja seguir;

  • Não precisar ser talentosa em tudo.

 

 

Mário Joanoni | AEHDA | MTb 025.546

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